_O que faz aí pregado que não me ajuda?
_Que não me socorre, nem me escuta?
_Desce daí, sei que pode.
_Desce e vem ver como estou.
_Ando triste, deprimida, revoltada. Não vê isso?
_Anda, desce daí, se solta.
_Desce.
_Me escuta. Me ouve. Me ajuda. Sei que pode.
_Preciso de Você ao meu lado.
_Não custa me ajudar.
Depois de chorar bastante, a pobre se deita absorta em seus problemas, cega em seu olhar.
Na manhã seguinte raia mais um dia de labuta, a menina chega à mesa e confessa:
_Dona me perdoe, eu conto.
_A cruz eu deixei cair.
_O Jesus, com quem ocê fala, está lá bem ao seu lado, no criado junto à cama, desde ontem.
_Mas não briga. Acho que dá pra colar.
_Mas não briga. Acho que dá pra colar.
A mulher para, olha a cruz...
Ele já não está mais lá.
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